Dia 30 de novembro é início do ano com 23 anos. É também início do ano que pulei o verão, a ordem natural das quatro estações. O fato de ter saído de um “inverno” para um outono e logo em seguida ver chegar um outro inverno (esse que não é entre aspas) me inquieta um pouco. Essa ordem não faz muito sentido, está faltando um verão aí nessa seqüencia.
De uma semana para cá parece que o inverno está lutando contra o outono e ganhando a batalha. Ele quer se firmar e está conseguindo, como tem que ser. A última semana que fez sol (sem o calor correspondente, apenas um friozinho mais ameno) foi a semana do meu aniversário. Um belo presente.
Agora o outono está se despedindo e o inverno se insinuando com gotas de chuva gelada. Mas já era tempo dessa troca acontecer, já estamos entrando em dezembro, o mês do natal, da neve, do frio. E a árvore que balançava fazendo barulho de mar na frente da minha janela já não tem mais tantas folhas para balançar.
Hoje o dia está nublado e cinza. Pode chover a qualquer momento, aí lembro que
quando o céu estiver preto
e das nuvens até as sombras assombram
é só reflexo do que está acontecendo
só está faltando fósforo, me dê aí
Não esqueça que nesse momento
o vento sacode as árvores
e o clima que fica, e o ar agitado
dizendo tudo o que pode acontecer...
Não escureça nem esquente a cabeça,
Eu sei que EU tenho argumentos de querer o SOL pra pegar minha praia.
Afinal de contas, eu pulei o verão! E a coisa mais importante desse dia 30 é que estou começando um ano em que pulei o verão, e isso é, no mínimo, uma experiência. Por isso vou como estou porque só o que pode acontecer é os pingos da chuva me molhar.