Precisando de inspiração para esse texto, decidi colocar alguma música que no momento me trouxesse alguma reação significativa. Escolhi num impulso natural a playlist da Inglaterra, aquilo que eu ouvi no início com estranheza e depois com muita animação durante meus 15 dias de férias: Papparazi, pokerface, Meet me halfway, Boom boom pow, Sexy bitch, Tic Tok, Bad romance, Just dance...
Oi?! Én?
Será que não se pode continuar o mesmo depois de passar por tanta coisa diferente?
Outras coisas também estão mudadas. Comecei a fazer novos desenhos numa noite de insônia e nunca mais parei. Nunca mais parei de fazer desenhos, eu digo. Já a insônia... depois da terapia dos desenhos passei a dormir até demais.
Comecei com as florzinhas habituais. E descobri que o papel e o lápis dão possibilidades diferentes daquelas com as quais eu estava acostumada com a tela e a tinta. A coisa mais diferente é o tempo do desenho, no papel é bem mais rápido.
Depois das curvas vieram as ondas, os espirais, e ainda as coisas escritas...
Até a descoberta da nova flor. Meio curva, meio espiral, meio planta, e as coisas escritas...
Enquanto estive de férias, além de ser contaminada pela música tocada nas boates européias e descobrir minha nova flor nos meus desenhos, eu pude usufruir de uma vida mais parecida com aquela que eu tinha em casa, em Olinda, no Brasil. Ter uma amiga-irmã brasileira ao lado como referência e um lar como abrigo me fez um bem maior do que eu imaginava.
Não consigo construir um texto coeso para explicar isso, não agora, não ainda, mas posso explicar assim:
Foi sair da matrix.
E além desse presente de fim de ano, ainda tive a felicidade gigantesca de receber as coisas que só um pai e uma mãe mesmo poderiam me enviar para enfeitar meu rosto com sorrisos de alegria. As coisinhas vindas do Brasil tiveram o poder de fazer minha volta para casa (Lyon) mais feliz e prazerosa.
Guia de viagem, livro em português (não dá pra parar de ler em português, é mais forte do que eu), brincos, florzinhas e coisinhas para o cabelo, saias e um vestido, um all star, meu café preferido... quem poderia ser mais feliz que eu?
Agora tomo café com mais prazer que antes, e ainda todos os dias duas vezes por dia, e agora com um toque de vício mais acentuado, porque tudo aqui toma proporções imensas, os sentimentos, as vontades, as reações, os vícios...
E agora até com os capuccinos estou me deliciando, visto que esse mês decidi me dar o luxo investir meu dinheiro em coisas que me fazem feliz por fazer referência à minha vida no Brasil, por isso comprei chantily e canela pra fazer capuccino, e pepino, salmão, kani e shoyo pra fazer sunomono, além de uns biscoitos de chocolate com côco que me lembram aquele meu preferido de lá.
Um comentário:
Eu quero tatuar uma flor tua.
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