quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pra começar estou até me estranhando.

Precisando de inspiração para esse texto, decidi colocar alguma música que no momento me trouxesse alguma reação significativa. Escolhi num impulso natural a playlist da Inglaterra, aquilo que eu ouvi no início com estranheza e depois com muita animação durante meus 15 dias de férias: Papparazi, pokerface, Meet me halfway, Boom boom pow, Sexy bitch, Tic Tok, Bad romance, Just dance...

Oi?! Én?

Será que não se pode continuar o mesmo depois de passar por tanta coisa diferente?

Outras coisas também estão mudadas. Comecei a fazer novos desenhos numa noite de insônia e nunca mais parei. Nunca mais parei de fazer desenhos, eu digo. Já a insônia... depois da terapia dos desenhos passei a dormir até demais.

Comecei com as florzinhas habituais. E descobri que o papel e o lápis dão possibilidades diferentes daquelas com as quais eu estava acostumada com a tela e a tinta. A coisa mais diferente é o tempo do desenho, no papel é bem mais rápido.
Depois das flores comecei a ensaiar umas curvas com umas coisas escritas, qualquer coisa que viesse na cabeça, uma música, uma idéia, uma observação.

Depois das curvas vieram as ondas, os espirais, e ainda as coisas escritas... Até a descoberta da nova flor. Meio curva, meio espiral, meio planta, e as coisas escritas...

Enquanto estive de férias, além de ser contaminada pela música tocada nas boates européias e descobrir minha nova flor nos meus desenhos, eu pude usufruir de uma vida mais parecida com aquela que eu tinha em casa, em Olinda, no Brasil. Ter uma amiga-irmã brasileira ao lado como referência e um lar como abrigo me fez um bem maior do que eu imaginava.

Não consigo construir um texto coeso para explicar isso, não agora, não ainda, mas posso explicar assim:

Foi sair da matrix.

E além desse presente de fim de ano, ainda tive a felicidade gigantesca de receber as coisas que só um pai e uma mãe mesmo poderiam me enviar para enfeitar meu rosto com sorrisos de alegria. As coisinhas vindas do Brasil tiveram o poder de fazer minha volta para casa (Lyon) mais feliz e prazerosa.


Guia de viagem, livro em português (não dá pra parar de ler em português, é mais forte do que eu), brincos, florzinhas e coisinhas para o cabelo, saias e um vestido, um all star, meu café preferido... quem poderia ser mais feliz que eu?

Agora tomo café com mais prazer que antes, e ainda todos os dias duas vezes por dia, e agora com um toque de vício mais acentuado, porque tudo aqui toma proporções imensas, os sentimentos, as vontades, as reações, os vícios...

E agora até com os capuccinos estou me deliciando, visto que esse mês decidi me dar o luxo investir meu dinheiro em coisas que me fazem feliz por fazer referência à minha vida no Brasil, por isso comprei chantily e canela pra fazer capuccino, e pepino, salmão, kani e shoyo pra fazer sunomono, além de uns biscoitos de chocolate com côco que me lembram aquele meu preferido de lá.

E comprei mais cervejas que o normal porque enjoei de vinho, acho que vinho é uma coisa muito francesa para o momento.

Um comentário:

Rite disse...

Eu quero tatuar uma flor tua.